domingo, 1 de fevereiro de 2015

Quatro suspeitos são mortos em SP durante troca de tiros com a polícia

Quatro suspeitos são mortos em SP durante troca de tiros com a polícia

Segundo a PM, grupo participou do ataque a um caixa eletrônico na terça.
Equipe da Rota apreendeu armas e drogas em casa na Zona Leste.

Do G1 São Paulo
Quatro suspeitos morreram em uma troca de tiros com policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na Zona Leste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (29). Segundo a polícia, eles participaram do ataque a um caixa eletrônico na madrugada de terça-feira (27) que terminou com dois PMs foram baleados. Um deles morreu no hospital.
Por volta das 14h30, os policiais da Rota receberam uma denúncia sobre a reunião de suspeitos do assalto ao banco no Jardim Matarazzo. A equipe foi até uma casa e encontrou 10 pessoas. Houve troca de tiros e os quatro homens que estavam no local foram mortos. As seis mulheres não ficaram feridas.
Os policiais apreenderam dois fuzis, uma espingarda, duas metralhadoras, três pistolas, um revólver, além de drogas. O caso será apresentado no 62º DP (Ermelino Matarazzo), mas será investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Perseguição
Pela manhã, outras duas pessoas foram mortas durante uma perseguição. Um radar inteligente avisou a Polícia Rodoviária que um carro que passava pela Rodovia Raposo Tavares era roubado. Houve perseguição e os ocupantes do veículo foram mortos. De acordo com a polícia, eles tinham duas armas.
O caso foi registrado como resistência seguida de morte, mas o Departamento de Homicídios investiga se houve execução.
Mortes em confrontos
O número de casos de mortes em confrontos com PMs dobrou no ano passado em São Paulo. Os dados são de um relatório da Human Right Watch, entidade que analisa a proteção aos direitos humanos em 90 países. Em 2013, foram 369 mortes em ações policiais. No ano passado, o índice subiu para 728.
O relatório afirma que medidas adotadas pelo governo paulista para reduzir a violência policial não foram suficientes. Uma delas foi o treinamento para que PMs consigam atirar sem matar os suspeitos. Os dados foram comparados com registros da África do Sul, segundo a diretora daHuman Rights Watch, Maria Laura Canineu.
"É um país que tem uma população semelhante ao estado de São Paulo e um índice de criminalidade, taxa de homicídio por 100 mil habitantes maior do que no Brasil. E na África do Sul, no ano de 2013, foram 413 mortes em decorrência de intervenção policial. Ou seja, o estado de São Paulo mata muito mais do que a polícia na África do Sul inteira", explicou.
No ano passado, 85 policiais militares também foram mortos em São Paulo. Só oito deles estavam em serviço. Nesta semana, o carro da PM foi recebido a tiros de fuzil por criminosos que tentavam explodir um caixa eletrônico em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. Dois policiais foram baleados. Um deles morreu na noite de quarta-feira (28).
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP) informou que a redução da letalidade policial é prioridade e que o aumento de mortes se deu em decorrência do crescimento de 52% nos confrontos com a polícia. Em termos relativos, o aumento não foi significativo, segundo a SSP-SP.
Os dados, de acordo com a secretaria, mostram que em 2013 13% dos criminosos envolvidos nos confrontos com a polícia morreram. O restante foi preso ou fugiu. Em 2014, o percentual de mortos ficou em 17%, índice semelhante ao de 2013.
Quatro suspeitos são mortos em troca de tiros com a PM em São Paulo (Foto: Reprodução TV Globo)Quatro suspeitos são mortos em troca de tiros com a PM em São Paulo (Foto: Reprodução TV Globo)

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