sábado, 10 de agosto de 2019

Advogados viciados em trabalho: teste

Teste para saber

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Thaiza Vitoria, Consultor Jurídico
Publicado por Thaiza Vitoria
há 3 dias
5.397 visualizações
Hoje acordei com o celular na mão e pensei: - Acordei! Podem me contar o que eu perdi enquanto dormia?
Muito prazer, sou uma workaholic em recuperação, e você?
Aprendi com alguns exemplos à minha volta que uma pessoa de sucesso deveria estar conectada à todos, ciente de todas as notícias, provando do máximo de sabores possíveis, tendo conhecido pelo menos dois países antes dos 30, falando pelo menos o inglês, com algum patrimônio (casa própria, escritório físico, dinheiro guardado, aplicações, mestrado à caminho ou caminhando, carro automático (com menos de 5 anos de fabricação) e crédito, muito crédito...).
Não é à toa que o sistema denomina os endividados como pessoas sujas (associando seu nome, sua identidade, a um compromisso não cumprido) e os adimplentes como credores, que tem crédito, que tem CREDIBILIDADE.
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Mas voltando ao nosso foco inicial, quero mesmo é falar um pouco sobre a escravidão a que milhares de advogados estão submetidos para sustentar o rótulo de profissionais de sucesso.
Engraçado, as vezes vejo algumas influenciadoras no instagram falando para mim (e para milhares de seguidores) como se estivessem batendo ponto, batendo continência. Elas falam mais ou menos assim:
Pessoal, hoje o dia está corrido, não reparem na cara sem make e no cabelo bagunçado, não deu tempo de me arrumar, hoje acordei as 5, já fui correr, tive 3 audiências, agora vou para uma reunião de negócios, depois vou correr para fazer um lanche rápido, e se der tempo, volto aqui para falar com vocês. Ahhh sim, não esqueçam que as vagas para a mentoria estão quase esgotando, olha lá, hein!..
As vezes me dá vontade de abraçar essas pessoas, e dizer que elas não me devem ABSOLUTAMENTE NADA para que tenham que me dar satisfação de cada hora do seu dia.
Voltando para a questão do vicio em trabalho ou no hábito de mostrar ao mundo que estamos trabalhando (a maior parte do dia), eu vejo que trabalhar longas horas e ganhar bem, é considerado pela maioria como sinônimo de sucesso. E ser chamado de workaholic (viciado em trabalho), um elogio.
Vamos fazer um teste do quanto isso é verdade para você?
Experimente cochilar à tarde, acordar e atender o telefonema de um cliente com voz de sono, dizendo: Olá, acabei de acordar (14:30), em que posso te ajudar?
Hahahahahah
Aquele que nunca mentiu dizendo estar resfriado ou rouco por causa da voz de sono, que atire a primeira pedra!
O problema não é trabalhar, pois isso dignifica o homem, a questão é quando o desejo obsessivo de trabalhar é exercido em detrimento do resto - saúde, relacionamentos e mesmo a qualidade do trabalho.
O mais louco é que pelas pesquisas que eu tenho feito, o excesso de trabalho tem gerado perda de produtividade, escassez financeira e distúrbios emocionais, e não o contrário.
Uma análise recente de pesquisadores da Universidade da Geórgia (EUA) examinou estudos acadêmicos existentes neste campo e concluiu que, entre outras coisas, workaholics , como são conhecidos os viciados em trabalho, são menos produtivos do que colegas com atitude mais saudável em relação ao trabalho.
Outro estudo em larga escala, publicado em maio pela Universidade de Bergen, na Noruega, viu correlação entre tendências de trabalho em excesso e outros distúrbios psiquiátricos, como transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade e depressão.
WORKALOVER X WORKAHOLIC
Mas se você tem uma rotina equilibrada e prazerosa, com resultados positivos, é possível que você seja um workalover não é um workaholic! Aquele que é apaixonado por seu trabalho sabe o momento de separar vida profissional e pessoal e não tem problemas com isso.
Estar apaixonado pelo que faz e desejar compartilhar isso com o mundo é uma expressão de estar VIVO! Diferente disso é quando nos sentimos SUGADOS E ESGOTADOS com as nossas próprias escolhas, e não sabemos como sair dessa corrida de ratos ( workaholic)
O acúmulo de trabalho, perfeccionismo, idealizações por alta performance, metas e mais metas a serem batidas, horas extras e muita, muita cobrança.
Trabalhar como se não houvesse amanhã - como se o futuro só dependesse do serviço e de esforços contínuos (e culpa sempre presente) é o que acompanha os workaholics.
Muitos advogados não sabem, mas quando trocam a maior parte da vida pelos infindáveis compromissos profissionais, correm mais risco de desenvolver doenças como ansiedade, estresse, depressão, pânico e até mesmo a chamada Síndrome de Bournout.
De acordo com um levantamento realizado pela International Stress Management Association (Isma) nos anos de 2013 e 2014, pelo menos 30% dos profissionais brasileiros apresentaram algum grau desse problema. Os trabalhadores citaram sintomas como insônia, sinais como despersonalização ou ceticismo e distanciamento afetivo, queda de rendimento, falta de energia e empatia pelos colegas de trabalho, baixa produtividade, falhas na execução das tarefas, insatisfação pessoal e cansaço intenso (mencionado por 97% dos portadores da síndrome)
Em artigo publicado no New York Times, a diretora do Facebook, Sheryl Sandberg, e o professor de administração da Universidade da Pensilvânia, Adam Grant, relataram que, de modo geral, são as mulheres as que mais sofrem com esse distúrbio. Isso ocorre porque muitas vezes elas abraçam as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos ao mesmo tempo que precisam lidar com as questões do trabalho. Em síntese, na vida moderna, cerca de afazeres, a gente tende a cuidar de todo mundo menos de nós mesmos.
Esse problema é crônico em todo o país. Os brasileiros, como mostra o relatório da Isma - Brasil, ocupam o segundo lugar em relação às pessoas com maior nível de estresse (30% se queixa de pressão e exaustão no cotidiano). O Brasil ficou atrás apenas do Japão, onde 70% da população está estressada.
Isso tudo somado ao dado que já temos de que a ADVOCACIA É A 4º PROFISSÃO MAIS ESTRESSANTE DO MUNDO.
E o que muitos não querem admitir é que o estresse, além de complicações na saúde, traz prejuízos para os negócios. Só no Brasil, a falta de produtividade causada pela exaustão gera, segundo as estimativas, uma perda de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto), conforme cálculos feitos pela Isma em 2010. Já em grandes potências mundiais, como os Estados Unidos, 60% das consultas ao médico no país resultam de problemas e doenças ligadas ao estresse e as empresas americanas perdem ao todo US$ 300 bilhões por ano em função da queda na produtividade, do absenteísmo, de gastos com assistência médica e de custos adicionais correlatos ao alto nível de tensão, segundo pesquisas da American Institute of Stress
E O SONINHO DE MENTIRINHA?
O brasileiro dorme menos do que as 8 horas recomendadas pelos especialistas, e a maioria não sabe criar o sono de qualidade, não sabe respirar corretamente, não se alimenta como deve antes de dormir, não reduz a iluminação e distrações, e com isso não tem um sono reparador, portanto, brincam de dormir, em sua maioria, acordando cansados e ainda com sono.
Isso sem falar da parcela da população que sofre com distúrbios do sono (os mais comuns: síndrome das pernas inquietas, jet lag, narcolepsia, terror noturno, sonambulismo, apneia obstrutiva do sono e insônia), que acomete 36,5% das pessoas.
COMO SE TORNAR UM WORKAHOLIC EM RECUPERAÇÃO?
O primeiro passo para reverter tudo isso é aprender a se autogerenciar, adotando um estilo de funcionamento focado em autoconhecimento.
Como o próprio nome indica, a autogestão nada mais é do 🎯 você se tornar seu principal gestor, melhorando a eficiência nas suas atividades, se organizando melhor, evitando a procrastinação e o acúmulo de trabalho, gerando mais tempo livre, ENQUANTO GERENCIA SUAS EMOÇÕES.
🎯Tirar os planos do papel e executá-los, sem se perder com atividades banais, isso sim é atributo típico de quem se conhece de verdade!
Parece sonho, mas não é! Parece talento, mas não é! ISSO É TREINO!
Eu mesma, até os 22 anos, era o que eu considero uma “fracassada” que vivia patinando sem resultados efetivos. Era invisível no mercado, ansiosa crônica, hipocondríaca, sociofóbica, e com fortes tendências suicidas.
Eu sentia que precisava de ajuda, mas não investia nisso...No fundo eu esperava que as coisas se resolvessem com o tempo, e acreditava que algo do além fosse acontecer para me tirar daquela situação.
Mas esse algo nunca aconteceu. Uma hora eu tive que acordar e decidir gerenciar a parte que me cabia no caos que eu havia criado.
Foi esse ponto de virada, a adoção de praticas de autogestão (autoconhecimento), que me permitiu atrair centenas de clientes, milhares de alunos, a falar em público para outros milhares de advogados, para ser lida por outros milhares (incluindo você agora), a superar a morte do meu pai, a superar o medo de dirigir após um acidente de moto, a ser mãe solteira depois de um divórcio traumático, a lidar com várias cirurgias de risco, superar uma depressão suicida, ao mesmo tempo em que eu era convidada para entrevistas, premiações, lançamento de livros, ministração de cursos em OABs, Faculdades e Empresas, e ser considerada uma referência no meu mercado.
O maior desafio da minha vida não foi conquistar as metas que desejei, mas ser feliz enquanto isso. AINDA ESTOU TREINANDO NISSO, mas quero compartilhar o que já consegui vencer com você, assim como aqueles que me ajudaram, fizeram comigo.
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Muito obrigada pelo seu tempo.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Reajuste no BPC-LOAS de 25%: Como receber? Segurados do INSS que tiveram a aposentadoria limitada ao teto e o benefício concedido entre 5 de outubro de 1988 e 5 de abril de 1991 podem ter direito à revisão do valor que recebem. Neste período, conhecido como Buraco Negro, o governo aplicou aumentos maiores ao teto do INSS, que não foram repassados a quem estava aposentado. A novidade agora é que a correção, que só é feita por via judicial, também pode ser aplicada a benefícios do segurado que se aposentou por invalidez. Em decisão da 25ª Vara Federal do Rio, de agosto passado, uma aposentada teve benefício reajustado em mais de 90%. Fonte O Dia – Texto escrito Por MARTHA IMENES

Na sentença, o juiz Eduardo André Brandão de Brito Fernandes condenou o INSS a revisar o valor do benefício passando a renda mensal da segurada dos atuais R$2.859,90 para R$ 5.645,80, que é o teto da Previdência. “O que representa um aumento de 97,41%”, informa Murilo Aith, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

Nos idos dos anos 1990, a então digitadora M.S.S.G., que pediu para não ser identificada, foi diagnosticada com Lesão por Esforço Repetitivo (LER) nos dois braços, com o comprometimento de ombros, cotovelos e punhos. Ela entrou com pedido de auxílio-doença por não se encontrar em condições de trabalhar. A lesão afeta músculos, nervos, ligamentos e tendões, incapacitando o segurado.

“Não conseguia sequer me segurar no ônibus para ir ao trabalho”, diz a segurada. Passadas diversas sessões de fisioterapia, tratamento medicamentoso, e três reabilitações para o retorno ao serviço sem sucesso, a segurada foi aposentada por invalidez em 1998.

“Quando estava trabalhando contribuía com aproximadamente 14 salários-referência, mas ao me aposentar passei a receber apenas três, e isso impactou negativamente minha vida, que era toda organizada”, conta. “Foi acompanhando as matérias do DIA sobre Previdência, na internet, que vi um processo de revisão de benefício que poderia se encaixar no meu caso”, explica a aposentada, que disse ter saído e comprado o jornal na banca para ter os detalhes da ação em mãos. “E o que fiz foi acertado”, avalia M.S.S.G., de 69 anos de idade, e moradora de Osvaldo Cruz.
“A segurada deu entrada no auxílio-doença em julho de 1990, portanto dentro do período do Buraco Negro. Posteriormente, em 1998, esse auxílio-doença foi convertido em aposentadoria por invalidez”, explica Murilo Aith, E acrescenta: “Conforme a lei, o que vale é o início de um benefício. Ou seja, o auxílio-doença, que começou em julho de 1990.”
O magistrado determinou ainda que o INSS pague os atrasados corrigidos pelo IPCA-E, e não pela TR, e a aplicação de juros de mora, segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do Art. 1º-F da Lei 9.494/97 com a redação dada pela Lei 11.960/09.
“Com essa decisão judicial, a aposentada terá direito a atrasados de aproximadamente R$166 mil”, avisa Aith. Segundo ele, ainda cabe recurso do INSS.
Adicional de 25% no STF
O adicional de 25% para todos os aposentados que precisam de cuidados especiais pode estar com os dias contados. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão dos processos que pedem o adicional, que foi estendido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a todos os segurados que precisem de cuidados e não só os que se aposentaram por invalidez, como é hoje.
Segundo a AGU, o adicional nos benefícios geraria impacto de R$ 5 bilhões para os cofres da Previdência. O pedido aguarda decisão do presidente do STF. Caso seja aceito, os processos ficarão suspensos até a decisão definitiva da Corte.
Mas para Gisele Kravchychyn, diretora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), não é possível calcular o impacto porque a Previdência não tem de onde extrair informações para saber quantos aposentados precisam permanentemente da ajuda de terceiros. Fonte O Dia – Texto escrito Por MARTHA IMENES