quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sociedade Brasileira de Pediatria lança campanha contra a violência infantil, subnotificada no Brasil








 Às vésperas do Dia das Crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria lança, durante o Congresso Brasileiro de Pediatria, em Salvador, a campanha “Violência é Covardia – crescer sem violência é direito fundamental das crianças e adolescentes”. O problema, que é subnotificado e que não possui dados nacionais confiáveis, é a principal causa de morte de crianças e adolescentes a partir dos cinco anos de idade. “Cerca de 70% dos casos ocorrem dentro das casas, considerados ambientes 'sagrados' – e por isso faltam estimativas que abranjam o território brasileiro”, diz Rachel Niskier Sanchez, coordenadora da campanha. Segundo ela, a primeira causa de violência é a negligência e a segunda é a agressão física.

"No Brasil, temos o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos e o SIPIA, que é o sistema de informação para a infância e adolescência. Nenhum dos dois representa a magnitude do problema", diz Sanchez.

A ideia da campanha, segundo ela, é mostrar que é possível educar sem violência, evitando que a agressão seja uma forma legítima de solução de conflitos. Crescer em um ambiente violento e sofrendo maus tratos pode trazer consequências ao desenvolvimento e aprendizado das crianças, que são incapazes de se defender. Além disso, quem sofre violência pode apresentar maior índice de depressão, comportamento violento, tentativa de suicídio e distúrbios do sono. Entre os mais vulneráveis, estão crianças que têm pais desempregados, alcoólatras e dependentes de drogas ilícitas. Aquelas com deficiências mentais ou físicas também são mais suscetíveis a sofrer agressões.

Os sinais podem ser invisíveis para quem não está atento, explica Sanchez. Eles podem vir com queixas de falta de apetite, tristeza, problemas para dormir. Quando os sinais são aparentes, as crianças apresentam hematomas, histórico de ossos quebrados, queimaduras, fraturas de crânio, entre outros sintomas. "A campanha tenta trazer para a agenda do pediatra um olhar perceptivo e atento para os casos. Infelizmente, ainda é comum que um menino violentado passe por médicos e enfermeiros sem que a causa de determinada queixa seja identificada", diz.

Em determinados casos, é preciso que o médico peça ao acompanhante para sair do consultório e abordar a criança. Quem souber de algum caso de abuso, pode denunciar para o número 100 — a notificação pode ser anônima. "A prevenção começa no pré-natal, quando o pediatra olha a paciente no olho e dá a atenção que ela precisa. E se prolonga por toda a vida."

Crianças com deficiência sofrem maus tratos. E ninguém sabe
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fernandes Figueira, referência em doenças genéticas da FioCruz, sugere que crianças com deficiência também são vítimas de violência – mas recebem pouco ou nenhum amparo. Uma análise feita a partir de um total de 8.000 notificações, de oito Conselhos Tutelares do Rio de Janeiro, mostrou que apenas 3% são relacionadas a crianças com deficiência. "Essas crianças que são ainda mais vulneráveis são também invisíveis aos olhos de quem pode ajudá-las", diz Rachel Niskier Sanchez, autora do estudo.

Os dados foram coletados entre janeiro e dezembro de 2009. Segundo Sanchez, este é um estudo pioneiro, já que não constam estudos parecidos na literatura internacional. Os resultados preliminares serão apresentados durante o Congresso Brasileiro de Pediatria e deverão ser publicados no início do próximo ano. Na amostra, foram consideradas deficientes crianças com incapacidade física e mental, além de pequenos com distúrbios do comportamento, como crianças com transtorno de déficit de atenção (TDAH)

Tipos de violência infantil:

SÍNDROME DE MUNCHAUSEN
Quando a criança é trazida para cuidados médicos devido a sintomas inventados ou sinais provocados por seus responsáveis. A partir disso, ela é submetida a exames, uso de medicamentos, sofrendo consequências físicas e psicológicas.

ABUSO SEXUAL
É todo ato sexual em que o agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou o adolescente. Pode ser induzido, influenciado ou forçado.

MAUS TRATOS PSICOLÓGICOS
Englobam rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança ou punição exageradas. Pela falta de evidências, é o tipo mais difícil de ser diagnosticado.

NEGLIGÊNCIA
Omissão do responsável em fornecer cuidados básicos e todos os elementos necessários para o desenvolvimento da criança.

Fonte: Guia de Atuação Frente aos Maus Tratos da Sociedade Brasileira de Pediatria

Ajude seu filho a estudar





Fonte: Guia da Mulher

A solução, seja qual for o caso, é orientar e estimular o filho, e nunca fazer a tarefa por ele
Conseguir convencê-las a estudar ou fazer a lição de casa, muitas vezes, parece ser uma missão impossível.
A pedagoga Maria Angela Barbato, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), afirma que as razões para as crianças não se entusiasmarem muito para acordar e ir à escola, todos os dias, podem ser variadas. "A criança pode não ter entendido a matéria; passa muito tempo só fazendo a atividade sem ter horário para brincar; a maneira como a lição foi passada é desinteressante", enumera. A solução, seja qual for o caso, é orientar e estimular o filho, e nunca fazer a tarefa por ele.

Confira algumas dicas para afastar a preocupação com o aprendizado da garotada:

1.Fale sobre a importância de aprender;

2.Se ainda tiver, mostre seus cadernos de escola;

3. Se a criança não quiser fazer a lição, converse e descubra o motivo, já que pode ser por não ter entendido a matéria;

4.Estabeleça horários para estudar em casa. É importante que a garotada tenha tempo para brincar e fazer outras atividades que goste;

5.Escolha um ambiente tranqüilo, sem barulho de televisão ou rádio, por exemplo. Assim, o seu filho fica mais concentrado;

6.Se ele não entender um exercício sobre desenho geométrico, por exemplo, busque objetos que estão ao seu redor para explicar;

7.Monte teatrinhos sobre os assuntos estudados ou acrescente músicas explicativas na hora de auxiliar na lição;

8.Faça experiências para mostrar na prática algum assunto que tenha aprendido na escola;

9.Não fique o tempo todo ao lado da criança, para que não se habitue a fazer a lição apenas na companhia dos pais;

10.Oriente seu filho sobre onde e como pode buscar informações sobre o assunto que tem de pesquisar. Mas deixe que ele se interesse e procure pelo tema sozinho;

11.Dê preferência, na hora da pesquisa, por sites, livros ou outros materiais de fácil entendimento e voltados para crianças;

12.Alerte para que a criança não copie o conteúdo da pesquisa, mas escreva o que entendeu;

13.Se possível, leve os filhos a museus ou a outros espaços educativos, principalmente aos com opções interativas, onde possam aprender de forma diferente e divertida;

14.Não estimule a memorização dos temas estudados. Peça sempre para explicar o que entendeu;

15.Se não souber responder à uma dúvida da criança, anote e transfira a questão para a professora.

Com aborto seletivo e favorecimento a homens, mundo perde 2 milhões de mulheres ao ano


?Salvem as meninas?, dizem os cartazes carregados por adolescentes indianas no Dia Internacional das Meninas: país é um dos recordistas em abortos seletivos no mundo / AFP
WASHINGTON - O nascimento de uma filha, que ele conceda em outro lugar, aqui que ele conceda um filho", diz o texto sagrado Atarvaveda, referindo-se a um dos deuses do hinduísmo. A escritura divina do segundo milênio a.C. ilustra um desafio permanente e atual enfrentado pela Índia: o pouco valor concedido à mulher na sociedade. O país asiático é um dos principais, ao lado da China, a afrontar os problemas de bebês do sexo feminino "ausentes" no nascimento e do alto índice de mortalidade de meninas entre 0 e 5 anos de idade.

Segundo o último relatório do Banco Mundial (Bird) sobre "Igualdade de Gênero e Desenvolvimento", anualmente no mundo 1,427 milhão de bebês do sexo feminino não chegam a nascer por causa do aborto seletivo, e 617 mil meninas morrem até alcançar os 5 anos por negligência de gênero - quando pais aprisionados pela pobreza preferem dedicar seus parcos recursos aos filhos homens.

O estudo do Banco Mundial mostra um aumento do número de abortos seletivos por preferência de sexo na China de 890 mil, em 1990, para 1,092 milhão, em 2008. Na Índia, no mesmo período, embora tenha registrado uma pequena redução de 265 mil para 257 mil, o número ainda é considerado elevado.

- Eles estavam furiosos. Não queriam meninas na família. Queriam meninos, assim poderiam receber fartos dotes - disse à BBC, referindo-se à prática de o homem receber um dote da família da noiva, proibida por lei mas ainda em prática na Índia.

O relatório do Bird aponta ainda a duplicação do número de abortos seletivos em países do Leste da Europa e no Cáucaso - principalmente na Sérvia, no Azerbaijão e na Geórgia - de 7 mil (1990) para 14 mil (2008). Para todos os casos, as explicações de autoridades, pesquisadores e ONGs são similares, com diferentes intensidades segundo as especificidades de cada país: nas sociedades em que a mulher é pouco valorizada, o problema foi agravado pelo declínio da fertilidade, provocado pela melhora do nível de vida da população, e por um fácil acesso a exames que possibilitam saber o sexo do bebê nas primeiras semanas de gravidez.

- Sei que minha mulher sofre por causa disso, mas uma família armênia não fica completa sem um herdeiro masculino para levar o nome adiante - justifica-se o armênio Suren Nahapetyan, que obrigou a mulher a abortar a segunda filha por ter condições de criar apenas dois filhos e já ter uma menina em casa.

Com problemas semelhantes, Armênia, Azerbaijão e Geórgia estão na mira do Conselho da Europa, prestes a analisar um relatório sobre abortos seletivos no Cáucaso.
Desequilíbrio populacionalShidur Shetty, codiretor do relatório do Bird, explica que a ascensão social alterou o padrão de famílias numerosas em países mais pobres.

- Em partes da Índia, o costume era ter até seis filhos. Mas quando melhoram de vida e se tornam mais organizadas, as famílias só querem ter duas crianças, e a preferência é por meninos. Na China, com a política de "um só filho", os pais fazem de tudo para ter um menino.

Uma das razões para isso é a tradição chinesa de caber ao filho homem mais velho tomar conta dos pais na velhice - uma garantia de sobrevivência num país ainda majoritariamente agrário e sem um sistema de previdência social eficaz.

Em relação à mortalidade infantil de meninas, embora credite parte da responsabilidade à discriminação de gênero, o economista do Banco Mundial ressalta a influência das questões de saúde.

- Se os dois filhos, um menino e uma menina, estão doentes com diarreia, pode ocorrer que a menina leve mais tempo para ser levada a um hospital. Mas o principal fator ainda é o fato de ela ter ficado doente por escassez de água potável e de saneamento.

As estatísticas de mortalidade de meninas nesta faixa etária mostram que, de 1990 a 2008, o número de mortes caiu na China, de 259 mil para 71 mil, e na Índia, de 428 mil para 251 mil, mas aumentou na África Subsaariana, de 183 mil para 203 mil.
Coreia do Sul reverteu problemaA coordenadora do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês) no estado indiano de Maharashtra, Anuja Gulati, revelou dados ainda mais alarmantes do que os divulgados pelo Banco Mundial num seminário local na semana passada: ocorrem cerca de 1.600 abortos seletivos por dia na Índia.

- Se continuarmos na mesma velocidade, chegaremos a apenas 900 meninas para cada mil meninos em 2012 - alertou Anuja.

Shireen Miller, diretora da ONG Save the Children na Índia, destaca a ampla acessibilidade aos exames de ultrassonografia e ecografia, mesmo que de uso proibido pelo governo para fins de seleção de sexo, como uma das pontas do problema.

- A tecnologia piorou o problema. Mas o fato é que se não houvesse uma desvalorização tão profunda da mulher na sociedade, essa tecnologia não seria usada para isso. É uma questão cultural, só leis não adiantam. São necessárias mais campanhas, mais discussões. Mas é um processo de mudança muito longo.

Entre más notícias, os especialistas comemoram a melhora da situação na Coreia do Sul, país em que, por meio de uma intensa campanha do governo de valorização da mulher na sociedade e inserção de mão de obra feminina no mercado de trabalho, a proporção do número de homens em relação ao de mulheres caiu de 118 para cada 100, em 1990, para 106,7 em 2010.

- Em uma geração, a Coreia, que tinha as mesmas questões de China e Índia, conseguiu diminuir o problema - assinala Shidur.
O Globo

Repórter Record revela a exploração infantil no Brasil






Na noite de segunda-feira, dia 31/08, o programa jornalístico da Record especializado em matérias investigativas revela os bastidores de uma realidade chocante: crianças do Brasil sofrem violência e exploração cada vez mais cedo. O Repórter Record viajou pelo Nordeste para investigar a trilha da exploração infantil. Do trabalho forçado ao abuso sexual, uma rota de destruição e sofrimento.
Nas ruas, a prostituição. Crianças vendem seus corpos por um lanche, um picolé ou até mesmo por um banho de água quente. Pelo Repórter Record os telespectadores vão conhecer a história da garota Isadora. Aos 15 anos, ela trabalha como prostituta nas ruas de Olinda. Quem a agencia? A própria tia. Um abuso que começou quando a menina tinha apenas 12 anos. Com a exploração sexual vem também o vício. Maconha, cocaína, crack: o acesso fácil às drogas é uma tentação para jovens desiludidas. É a fuga pela autodestruição.
O que fazer quando a violência sexual acontece na sala de aula? Uma cidadezinha no sertão de Pernambuco é palco de um escândalo. O dono de uma escola violentava os alunos. O Repórter Record exibe ainda uma realidade assustadora: molestadas na infância, meninas casam cedo e, fatalmente, com maridos violentos.
O jornalístico exibe também histórias de crianças que trocam a escola pelo trabalho. Elas pegam pesado em fábricas de gesso, farinha e empresas de reciclagem. Trabalhos puxados, arriscados e sem proteção. Por que os pais deixam o sustento da família nas mãos dos filhos? O retrato de uma sociedade que explora seu elo mais frágil e coloca em xeque o próprio futuro.
Apresentado por Marcos Hummel, Repórter Record, agora em novo dia e horário:

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Direitos Humanos

Direitos Humanos

Os Direitos Humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida.
O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais.




Não existe um direito mais importante que o outro. Para o pleno exercício da cidadania, é preciso a garantia do conjunto dos Direitos Humanos. Cada cidadão deve ter garantido todos os Direitos Humanos, nenhum deve ser esquecido.
Respeitar os Direitos Humanos é promover a vida em sociedade, sem discriminação de classe social, de cultura, de religião, de raça, de etnia, de orientação sexual. Para que exista a igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.

A igualdade racial e entre homens e mulheres são fundamentais para o desenvolvimento da humanidade e para tornar real os Direitos Humanos.